Notícia

Encontro de Fé e Política de Barra Mansa

06 de setembro de 2009
Grupo de Partilha 5 – Crise e Desemprego
Coordenação: Professor Diego e Pe. Juarez Antunes

SÍNTESE DOS ASSUNTOS ABORDADOS NO GRUPO:
Como ponto de partida, para abertura das discussões sobre o tema, foram lançadas as seguintes perguntas para o grupo:
1) Existe riqueza sem trabalho?
2) De onde vem a riqueza?
3) Existem pessoas mais ricas, por quê?

O grupo começou a conversar sobre o que é trabalho, conceituando e colocando a diferença entre emprego e trabalho. Em seguida foi comentado sobre a questão de o trabalho promover o enriquecimento de poucos quando deveria gerar riquezas para todos que participam do processo produtivo.
O que o trabalhador ganha mal dá para o próprio sustento. A divisão dos lucros sempre favorece a camada mais elevada das empresas (diretores, gerentes, supervisores).
O Capitalismo foi citado várias vezes como o grande vilão que suga o trabalhador o máximo possível até a exaustão. O objetivo é remunerar o capital. É dar o lucro para os acionistas não importa a qual custo.
A questão da Crise foi colocada pelo grupo como uma situação que poderia ter afetado menos o Brasil, mas devido ao grande volume de negociação internacional e a questão do empresário não querer reduzir o lucro dos acionistas, quem pagou a conta foi mais uma vez o trabalhador ficando desempregado.
O trabalhador não pode mais sonhar em trabalhar numa empresa de mais de 20 mil empregados como foi a CSN. Hoje as empresas terceirizam o máximo possível, deixando apenas a área produtiva e algumas áreas de controle para a sua gestão.

Propostas:
1. Projetos alternativos para resolver o problema do emprego. Grandes empresas não representam mais segurança. Foi citado o plantio de alimentos orgânicos, a criação de viveiros de rã cuja carne é bastante valorizada no mercado. A idéia é criar pequenas células econômicas, sem a dependência das grandes corporações. Algumas pessoas discordaram da idéia, pois acreditam que se essa moda pega, os direitos trabalhistas adquiridos ao longo de décadas serão derrubados.
2. Mudança do modelo econômico. O atual modelo econômico gera desemprego. O sonho do empresário é ter uma fábrica operando no escuro por robôs. Foi sugerida a redução da jornada de trabalho como fator gerador de empregos.
3. Formação cultural do cidadão, no sentido de conscientização, para que o mesmo tenha uma maior participação na política.
4. Socialização do capital. O Capitalismo custeando a Saúde e a Educação, ou seja, o Estado e o Município deverão ser responsáveis para garantir a Educação e a Saúde com qualidade. A Constituição nos dá esses direitos. O trabalhador não tem que pagar plano de saúde caro e nem pagar pela Educação. Parte dos lucros dos empresários deveria remunerar esses dois fatores de real importância na vida do ser humano. Foi citada a questão do Imposto sobre grandes fortunas que poderia gerar muitos empregos e está estagnado.
5. Economia Solidária. Pequenos grupos gerando as suas riquezas compartilhadas, com gestão própria. Foi citada a dificuldade dos catadores de lixo que tentam fazer uma coleta seletiva nos locais de descarga e são muitas vezes impedidos da realização desse trabalho sendo esse o sustento deles.

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