Por Observatório
“Impasses brasileiros: alternativas da sociedade civil para o desenvolvimento socioambientalmente justo”: esse foi o tema do debate que reuniu o Observatório, a Abong, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST), o Instituto Socioambiental (ISA), o Outras Palavras e diversos integrantes da sociedade civil.
O evento, que aconteceu em São Paulo, discutiu o atual modelo de desenvolvimento e alternativas que promovam justiça social e preservação ambiental. Foram debatidos temas como a especulação imobiliária, a atual situação dos povos indígenas, o esvaziamento político do país e seu desenvolvimento baseado no consumo.
O Observatório produziu vídeos com as principais falas de cada participante do debate:
Mudança expressa em situações concretas: Antonio Martins, editor do portal Outras Palavras falou sobre o esvaziamento político na atual conjuntura brasileira e avaliou que a sociedade civil tem sido essencial no papel de preencher essa lacuna com realidades palpáveis, e não com teoria e academicismo.
Desenvolvimento é diferente de crescimento: O diretor executivo da Abong, Ivo Lesbaupin, discorreu sobre os riscos que o atual sistema político-econômico do Brasil apresenta ao meio ambiente, visto que é baseado no produtivismo e no consumo. Finalizou sua fala afirmando que o “desenvolvimento consciente deve ser o desdobramento de potencialidades da sociedade civil para seu próprio bem”.
Combate à especulação imobiliária: A política urbana das cidades brasileiras foi discutida em torno da questão da especulação imobiliária e do direito à moradia. Natália Szermeta, parte da coordenação estadual do MTST, alertou para a necessidade de combater a especulação imobiliária, criando mecanismos de controle de uso e ocupação do solo e o preço do aluguel.
Estado deve ouvir os povos indígenas: Paulo Junqueira, coordenador adjunto do programa Xingu, do ISA, traçou um panorama sobre a atual situação dos povos indígenas no Brasil. Ele criticou a falta de diálogo do Estado com os índios e o desrespeito com seus territórios, por causa da construção de obras e estradas, o desmatamento e o desequilíbrio dos biomas.
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